sábado, 3 de março de 2012

A FITA MÉTRICA DO AMOR

  Como se mede uma pessoa?
  Os graus variam conforme o grau de envolvimento.
  Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
  É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
  Uma pessoa é gigante para você, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
  É pequena quando desvia do assunto.
  Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
  Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
  Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?
  Uma decepção pode diminuir o tamanho de um grande amor que parecia ser grande.
  Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
  É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
  Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
  Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhe-la inesperadamente, se torna mais uma.
  O egoísmo unifica os insignificantes.
  Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande.
  É a sua sensibilidade sem tamanho. 


  
  

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